Alecrim

Família: Lamiaceae.

Origem: Região mediterrânea da Europa.

Partes usadas: Folhas e flores.

Contraindicações em relação a quantidade de uso: A ingestão em grandes quantidades pode provocar intoxicação, com possível ocorrência de sonolência, espasmos, gastroenterite, hematúria, irritação nervosa e morte. Além disso, recentemente foi demonstrado efeito abortivo.

Usos científicos: As atividades biológicas da planta estão relacionadas aos seus compostos fenólicos e os constituintes voláteis, alguns destes compostos têm sido investigados por suas atividades antiinflamatória, anticarcinogênica e quimiopreventiva. Por exemplo, um estudo científico envolvendo o óleo essencial de alecrim demonstrou uma maior atividade antimicrobiana em relação a várias bactérias e fungos, comparada a outros compostos como o 1,8-cineol e o α-pineno. Além disso, a atividade antioxidante é uma das propriedades biológicas relatadas tanto para o óleo essencial quanto para os seus compostos isolados. Evidências científicas indicaram que o óleo essencial de R. officinalis possui maior atividade antioxidante em comparação com seus principais compostos, como o 1,8-cineole, α-pineno e cânfora.

Conhecimentos tradicionais/benefícios: Na medicina popular de países da América do Sul e Europa suas folhas e flores são utilizadas em infusões para amenizar flatulências epigástricas; para acelerar a digestão, como diurético e digestivo, como coleréticas, colagogas; na desobstrução nasal, na eliminação de catarros; como cicatrizantes; antimicrobianos; na amenização de problemas circulatórios e reumáticos; para diminuir dores de cabeça, enxaquecas, tonturas; falta de memória, depressão; na cura de eczemas; como analgésicos para dores de garganta; na amenização de mialgias, neuralgias intercostal e dor ciática; na amenização de cansaço físico e mental e como antidiabético.

Manejo: Requer um ambiente com luz abundante, recebendo pelo menos cinco horas de luz solar diariamente. Evite locais excessivamente úmidos, pois a planta tem dificuldade em se desenvolver nessas condições. No entanto, durante o processo de enraizamento, é importante manter o solo úmido, o que pode levar de um mês a um ano, dependendo das condições climáticas da região, seja um inverno mais ameno ou rigoroso. A poda não é estritamente necessária, mas o corte de alguns galhos pode ajudar a manter a forma do alecrim. A colheita pode ser realizada aproximadamente 90 dias após o plantio inicial, mas o ideal é esperar até o segundo ou terceiro ano de cultivo, quando a planta estiver bem estabelecida. Se desejar colher duas vezes por ano, faça a primeira colheita no outono e a segunda na primavera.

Referências: