Babosa
Família: Asparagaceae.
Origem: Têm origem no norte da África e no Oriente Médio, mais especificamente na Península Arábica.
Partes usadas: Gel incolor mucilaginoso (localizado na parte interna de folhas frescas). O gel pode ser extraído de forma caseira da folha fresca e usado logo em seguida ou, ainda, como componente na obtenção de géis, pomadas ou cremes industrializados.
Contraindicações em relação a quantidade de uso: Deve-se higienizar a área afetada e aplicar o gel de uma a três vezes ao dia. USO TÓPICO. O uso deve ser feito em crianças acima de 12 anos e adultos. É contraindicado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes do fitoterápico e em casos de alergia às plantas. Não utilizar em caso de alteração da coloração. É importante ressaltar que foram relatados alguns casos de dermatite de contato que podem estar associados à presença de constituintes antracênicos, comumente encontrados na parte externa da folha (líquido amarelado) que não deve ser utilizada nas preparações farmacêuticas e/ou caseiras. O uso da babosa concomitantemente com outros medicamentos pode levar a alterações no metabolismo de diversos fármacos (Ver no tópico “interações medicamentosas”). Evitar uso interno em gestantes, lactantes e crianças menores de 6 anos. Devido à presença de antraquinonas, que conferem o sabor amargo à planta, o uso interno é contraindicado. A ingestão de pequenas doses deve ser feita apenas quando a mucilagem não apresentar o sabor amargo demonstrando a ausência desses compostos. O uso da babosa em alimentos ou em bebidas é vedado pela Resolução 5.052/11 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Usos científicos: Existem estudos sobre os benefícios da babosa para o tratamento de queimaduras, através de moléculas importantes de sua composição, algumas dessas são: o ácido araquidônico e o glucomanano. O ácido araquidônico atua contra a vasodilatação, dor e edema, por agir inibindo a via da enzima ciclooxigenase e produção das prostaglandinas (PE2). O glucomanano atua nos receptores de fator crescimento dos fibroblastos e na sua proliferação, e na elevação da síntese de colágeno, aumentando a resistência contra rupturas da região, contribuindo na contração da ferida e aumento de ácido hialurônico.
Conhecimentos tradicionais/benefícios: Planta muito utilizada na medicina popular em todo o mundo, como cicatrizante em casos de queimaduras, lesões na pele, como “hidratante” da pele e cabelo.
Manejo: Planta de plena luz e solo bem drenado e permeável. Necessita de rega somente quando o solo está completamente seco. Deve-se remover caules gastos ou folhas mortas, enquanto que folhas alaranjadas ou amareladas devem ser cortadas. Pode ser propagada por sementes ou através dos brotos que se formam quando alcança a maturidade.
Referências:
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FÉLIX, A. V. de C. & AMORIM, L. G. A utilização da Aloe vera em tratamento de queimaduras. Revista Estética em Movimento, v. 1, n. 2, 2022. Acesso em: out 2023.
Farmácia Viva do Centro de Práticas Integrativas - CERPIS. Roda de Conversa Sobre Plantas Medicinais. 2019. 2 f. Acesso em: out 2023.
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Picture This. Como Cuidar de Babosa. Disponível em: <https://www.picturethisai.com/pt/care/Aloe_vera.html>. Acesso em: out 2023.