Invertebrados
Os invertebrados são animais que compartilham as características de não possuírem coluna vertebral e nem ossos1.
Muitos animais presentes na Terra são invertebrados. Exemplos: esponjas, águas-viva, polvos, minhocas, aranhas e insetos1.
Siglas: Dd = Didático; In = Invertebrado; Mi = Microfóssil.
Fauna Ediacara
Proarticulata é um filo extinto, descritos por Mikhail A. Fedonkin em 1985, através de fósseis encontrados na fauna ediacarana. O nome vem do grego "pro" = antes e "articulata", ou seja, "antes de animais com segmentação verdadeira", como os anelídeos e os artrópodes, já que a articulação transversal do corpo dos proarticulata em isômeros é distinta dos segmentos transversais dos anelídeos e artrópodes. Seus isômeros não espelham a mesma imagem direta no seu oposto, sendo este fenômeno descrito como simetria da reflexão de deslizamento.
Representação paleoartística de um indivíduo do gênero Spriggina. Fonte: http://www.lifebeforethedinosaurs.com/2011/07/spriggina.html. Data de acesso: 31/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0084 - Coleção Didática*
Identificação: invertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Proarticulata
Classe: Vendozoa
Ordem: Não identificada
Família: Sprigginidae
Nome científico: Spriginna sp.
Descrição: réplica de Spriggina, do Pré-Cambriano. Viveu há 550 milhões de anos atrás e seus fósseis foram descobertos na Austrália2. Os indivíduos pertencentes ao gênero possuem o corpo segmentado e com nenhuma fusão entre os segmentos, com uma abertura oral no ventre e coberto por um pequeno protostômio no primeiro segmento3. O terceiro e os segmentos restantes têm apêndices anulares laterais no dorso e no ventre3. O segundo segmento possui apêndices ventrais largos, possivelmente usados como antenas3.
Filo Porifera
Os poríferos, conhecidos como esponjas do mar, possuem registro fóssil desde o Cambriano. São animais exclusivamente aquáticos, bentônicos, filtradores e podem ser coloniais ou solitários, com reprodução sexual ou assexual. Não possuem tecidos bem definidos e são formados por três camadas: pinacoderme, camada externa composta por pinacócitos; mesênquima, camada do meio composta por células de vida livre; coanoderme, camada interna composta por coanócitos4.
No mesênquima é onde se localiza o esqueleto interno das esponjas, com função de suporte para a parte mole, podendo ser orgânico, formado por espongina ou colágeno, ou inorgânico, formado por unidade espicular ou não espicular. O inorgânico é mais importante do ponto de vista paleontológico por conta das espículas, unidade espicular formada por carbonato de cálcio ou sílica, facilitando sua fossilização4. As espículas são consideradas microfósseis e são as representantes do grupo na Coleção Paleontológica da UNIFESP - campus Diadema.
Indivíduo da espécie Dosilia pydanieli. Foto pertencente ao Instituto de Pesquisas da Amazônia. Disponível em: https://www.gbif.org/dataset/d9309bc6-e48c-4a92-a0a5-cb538a8096cd. Acesso em: 21/03/2021.
Registro: UNIFESP Mi 0720 e 0721 - Coleção Científica
Identificação: fóssil de espículas de esponja.
Nível taxonômico:
Filo: Porifera
Classe: Demospongiae
Ordem: Haplosclerida
Família: Spongillidae
Nome científico: Dosilia pydanieli Volkmer-Ribeiro, 1992
Descrição: espiculas de Dosilia pydanieli. Esta espécie tem sua origem no Pré-Cambriano, ocorrendo atualmente na região Neotropical. As espículas são estruturas que podem ser formadas, em geral, por carbonato de cálcio, sílica ou fibras de proteína espongina5. Dosilia pydanieli é uma esponja marrom alaranjada, com gêmulas esbranquiçadas6. A gêmulas são liberadas pelas esponjas adultas, podendo servir para a reprodução assexuada em algumas esponjas marinhas ou para carregar parte do indivíduo para longe de um ambiente desfavorável, com objetivo de atingir um local que seja mais favorável para se viver7. O habitat natural da espécie D. pydanieli é caracterizado por ambientes lênticos com abundância vegetativa sazonal e variação no nível da água. Esta espécie possui distribuição pelo norte, nordeste e sudoeste brasileiro6.
Indivíduo de Metania spinata. Foto do usuário Dornicke. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Metania_spinata_MN_01.jpg. Acesso em: 21/03/2021.
Registro: UNIFESP Mi 0729 - Coleção Científica
Identificação: fóssil de esponja, provavelmente sua espícula.
Nível taxonômico:
FIlo: Porifera
Classe: Demospongiae
Ordem: Haplosclerida
Família: Metaniidae
Nome científico: Metania spinata Carter, 1881
Descrição: microfóssil de espícula de Metania spinata, que vive em água doce. A espécie originou-se no Pré-Cambriano. Existentes até hoje, os indivíduos da espécie M. spinata têm como habitat natural as lagoas sazonais ou represas articiais8. O gênero é representado na região neotropical com cinco espécies de água doce8. As esponjas da espécie M. spinata são verdes, quando associadas a algas verdes, ou marrom avermelhadas, quando não estão em associação com estas algas. Elas podem ser encontradas em finas e frágeis pilhas manchadas pequenas ou crostas, fixadas em folhas, caules ou outra parte qualquer de vegetais vivos ou mortos subaquáticos. Podem viver também sobre algas filamentosas8.
Foto do indivíduo de Oncosclera navicella (indivíduo da cor beje clara), com alguns bivalves vivendo sobre ele. Foto retirada de: VOLKMER-RIBEIRO, Cecilia et al. Sponge and mollusk associations in a benthic filter-feeding assemblage in the middle and lower Xingu River, Brazil. Proceedings Of The Academy Of Natural Sciences Of Philadelphia, [S.L.], v. 166, n. 1, p. 1, 6 fev. 2019. Academy of Natural Sciences of Philadelphia. http://dx.doi.org/10.1635/053.166.0113. Disponível em: https://bioone.org/journals/proceedings-of-the-academy-of-natural-sciences-of-philadelphia/volume-166/issue-1/053.166.0113/Sponge-and-mollusk-associations-in-a-benthic-filter-feeding-assemblage/10.1635/053.166.0113.short. Acesso em: 21 mar. 2021.
Registro: UNIFESP Mi 0726 a 0728 - Coleção Científica
Identificação: microfóssil de esponja, provavelmente de sua espícula.
Nível taxonômico:
Filo: Porifera
Classe: Demospongiae
Ordem: Spongillida
Família: Potamolepidae
Nome científico: Oncosclera navicella Carter, 1881
Descrição: microfóssil de espícula de Oncosclera navicella, espécie que tem sua origem no Pré-Cambriano. A espécie O. navicella ocorre no continente sul-americano, desde a Venezuela até a Argentina, habitando fundos rochosos, em ambientes lóticos e bem oxigenados9. Esponjas desta espécie possuem uma estrutura formada por espículas grossas e longitudinais, não contínuas, conectadas com fibras secundárias transversais10. O corpo das esponjas desta espécie é rígido10. A superfície de sua estrutura é pontiaguda10, tendo uma coloração bege9.
Filo Branquiópoda
Os braquiópodes são exclusivamente marinhos, possuem corpo protegido por uma concha formada por duas valvas. Podem levar uma vida sendentária, fixados em rochas, recifes ou substratos moles através do pedículo ou podem ser livres, com o pedículo reduzido ou atrofiado. Possuem registro fóssil a partir do Ordoviciano e tiveram grande diversificação a partir do Devoniano até sua grande extinção. Atualmente é conhecido aproximadamente 4.200 gêneros, porém só um pouco mais de uma centena são viventes² .
Foto de um indivíduo do gênero Lingula. Modificada a partir de foto tirada por James St. John. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lingula_sp._
%28brachiopod_shell%29_%28modern;_Masbate,_Philippines%29_1.jpg. Data de acesso: 04/08/2022.
Registro: UNIFESP In 0653 A,B - Coleção Científica*
Identificação: fóssil de concreção, contendo uma concha de um braquiópode, provavelmente.
Nível taxonômico:
Filo: Brachiopoda
Classe: Lingulata
Ordem: Lingulida
Família: Lingulidae
Nome científico: Lingula sp.
Descrição: concreção de uma concha de Lingula sp., contendo molde (B - imagem de baixo na figura do fóssil) e contramolde (A - imagem de cima na figura do fóssil). Lingula é um gênero de braquiópode inarticulado de concha fosfatada, possuindo indivíduos vivos até os dias atuais. Sua concha é achatada e biconvexa, com bordos laterais paralelos. No Brasil, este animal existiu entre 416 - 359 milhões de anos atrás, durante o Devoniano inicial, com o fóssil sendo descoberto na Bacia do Paraná, Formação Ponta Grossa, Tibagi. A Formação Ponta Grossa é composta por arenitos, folhelhos e silte¹¹. É um animal marinho bentônico que vive enterrado em águas fundas com sedimentos compactados de areia fina ou argilosa, com correntes de fundo moderadas12. Apesar de suportar o estresse osmótico e baixas concentrações de oxigênio, preferem locais de água salgada com boa oxigenação¹².
Cladograma contendo as ordens extintas e viventes do grupo Brachiopoda. Podemos ver que a ordem Orthida se localiza dentro da classe Calciata, grupo irmão de Lingulata, a qual pertence a ordem Lingulida. O fóssil, como podemos comparar com a ilustração feita acima para a ordem Orthida, pertence então a esta ordem. O esquema foi adaptado de HOLMER, Lars E. et al. Phylogenetic analysis and ordinal classification of the Brachiopoda. Palaeontology, [S.L], v. 38, n. 4, p. 713-741, nov. 1995. A figura está disponível em: Braquiópodes Fósseis - Materiais Didáticos (usp.br). Data de acesso: 21/02/2022.
Registro: UNIFESP In 0274 A,B - Coleção Científica*
Identificação prévia: fóssil do que parece ser uma concha de braquiópode.
Nível taxonômico:
Filo: Brachiopoda
Classe: Calciata
Ordem: Orthida
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: duas amostras de braquiópode do tipo articulado. Esses braquiópodes eram comuns nas costas devonianas brasileiras e foram encontrados no Afloramento Francelina, Formação Ponta Grossa. Este afloramento é composto por grãos finos de arenito, intercalados com siltitos13. A idade do fóssil é aproximada de entre 416 e 354 milhões de anos atrás. Os braquiópodes são animais marinhos bentônicos, vivendo enterrados em águas com sedimentos compactados de areia fina ou argilosa, com correntes de fundo moderadas12. Apesar de suportar o estresse osmótico e baixas concentrações de oxigênio, preferem locais de água salgada com boa oxigenação12.
Filo Mollusca
Os moluscos são metazoários de corpo mole, triploblásticos, não segmentado. Possuem celoma reduzido, simetria bilateral e um tecido fino que recobre o corpo mole. Estes animais são encontrados em diversos habitats, principalmente em ambientes marinhos. Por conta da presença de conchas calcificadas, isso facilita a sua presevação e fossilização no meio ambiente após sua morte, tendo grande importância na pesquisa paleontológica.
Este grupo de animais possui registro fóssil desde o Ordoviciano. Os moluscos possuem diversas formas de vida, podendo estar fixos em rochas, enterrados nos substratos, rastejando ou nadando. Além disso, têm variados tamanhos, podendo ser desde seres microscópicos até seres gigantes, de até 18 metros2.
Na Coleção Paleontológica e Palinológica da UNIFESP - Campus Diadema, este grupo é representado por conchas de grastrópodes, cefalópodes e bivalves.
Foto de um indivíduo pertencente a classe dos bivalves. Disponível em: https://ucmp.berkeley.edu/taxa/inverts/mollusca/bivalvia.php. Data de acesso: 21/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0278 - Coleção Didática*
Identificação prévia: impressão do que parece ser de moluscos bivalves.
Nível taxonômico:
FIlo: Mollusca
Classe: Bivalve
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: o fóssil é do período Permiano Superior. Foi encontrado na Formação Corumbataí (Bacia do Paraná, Rio Claro, SP). Esta formação é composta por, principalmente, siltitos, argilitos e arenitos14. Os bivalves são animais exclusivamente aquáticos, possuindo uma concha dividida em "duas partes", as valvas. O animal é preso ao meio da concha através de um músculo15. O corpo dos bivalves é mole e eles conseguem se movimentar utilizando as valvas ou com um "pé mole", membro presente em apenas alguns bivalves15.
Filo Annelida
Os anelídeos formam um grupo constituído por minhocas, vermes terrestres e marinhos, sanguessugas e outros. Os animais deste grupo têm forma corpórea alongada, cilíndrica ou achatada, com simetria bilateral e metâmero, sendo a metameria a característica mais marcante do grupo. Possuem trato digestório completo, sistema circulatório fechado e sistema nervoso bem desenvolvido.
O corpo mole dos anelídeos dificulta a formação de registros fósseis. Contudo, o registro da vida desses organismos, ou seja, os icnofósseis, são mais frequentemente encontrados, como cavidades, pistas, coprólitos e tubos, mostrando uma expansão na sua diversidade nos últimos 600 milhões de anos. A origem do filo Annelida remonta ao Pré-Cambriano2.
Na Coleção Paleontológica e Palinológica da UNIFESP - Campus Diadema, este grupo é representado por escolecodontes encontrados na Bacia do Paraná (Formação Ponta Grossa - PR), bem como por mandíbulas compostas de sílica e elementos orgânicos, dos animais da ordem Errantida, classe Polychaeta.
Foto de um indivíduo da classe Polychaeta. Foto tirada por Hans Hillewaert. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phyllodoce_rosea.jpg. Data de acesso: 04/08/2022.
Registro: UNIFESP In 0233 A - Coleção Científica**
Identificação prévia: fóssil do que parecem ser mandíbulas, provavelmente de um poliqueta.
Nível taxonômico:
FIlo: Annelida
Classe: Polychaeta
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: escolecodonte de poliqueta, do período Devoniano. O fóssil foi encontrado na Formação Ponta Grossa (Bacia do Paraná). Esta formação é composta de arenitos, folhelhos e silte11. O escolecodonte é uma estrutura relacionada a boca dos poliquetas, utilizada na mastigação dos alimentos16. Os poliquetas vivem somente em ambientes marinhos, em altas profundidades. São componentes fundamentais da cadeia alimentar e realizam o processo de bioturbação, que causa reciclagem de nutrientes no meio em que vivem e aeração no solo marinho17.
Registro: UNIFESP Mi 0304 (amostras de A até J) - Coleção Científica**
Identificação prévia: fóssil do que parecem ser mandíbulas de poliquetas.
Nível taxonômico:
Filo: Annelida
Classe: Polychaeta
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: dez amostras de escolecodonte de poliquetas, do período Devoniano. Os fósseis foram encontrados na Formação Ponta Grossa (Bacia do Paraná). A Formação Ponta Grossa é composta por arenitos, folhelhos e siltes11. O escolecodonte é uma estrutura relacionada a boca dos poliquetas, utilizada na mastigação de alimentos16. Os poliquetas vivem somente em ambientes marinhos, em altas profundidades. São componentes fundamentais da cadeia alimentar e realizam o processo de bioturbação, que causa reciclagem de nutrientes no meio em que vivem e aeração no solo marinho17.
Filo Arthropoda
Os artrópodes possuem origem no Proterozóico, tendo sofrido ao longo do tempo com as influências ambientais e evoluído rapidamente. São animais com simetria bilateral, com corpo segmentado dividido em regiões especializadas e possuem pares de apêndices para locomoção, alimentação, respiração, percepção sensorial e reprodução. Além disse, os artrópodes têm uma camada externa no corpo, a cutícula, funcionando como um exoesqueleto, que dá suporte para as partes moles e limita seu crescimento, nos períodos de "troca de pele", as mudas2.
Na coleção Palentológica da UNIFESP - campus Diadema, este grupo é representado pelos trilobitas e pelos merostomados.
Representação paleoartística de trilobitas em seu habitat natural. Ilustração feita por Heinrich Harder. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Trilobite_Heinrich_Harder.jpg. Data de acesso: 26/03/2021.
Registro: UNIFESP In 0071 - Coleção Científica*
Identificação: fóssil de um trilobita.
Nível taxonômico:
Filo: Arthropoda
Classe: Trilobita
Ordem: Ptychopariida
Família: Alokistocaridae
Nome científico: Elrathia sp. Walcott, 1924
Descrição: o fóssil data provavelmente de 350 milhões de anos atrás. O gênero Elrathia ocorreu durante o período Cambriano-Permiano. No Brasil, é comum encontrar fósseis de trilobitas na Bacia do Paraná (Formação Ponta Grossa) e na Bacia do Amazonas. A Formação Ponta Grossa é composta por arenitos, folhelhos e silte11. A Bacia do Amazonas está sobre um escudo cristalino e é essencialmente sedimentar, com suas formações contendo folhelhos, arenitos, diamictitos, pelitos, siltitos e calcário18. O Elrathia sp. possuía distribuição biogeográfica global19,20.
Registro: UNIFESP In 0326 - Coleção Científica*
Identificação: fóssil de um trilobita.
Nível taxonômico:
Filo: Arthropoda
Classe: Trilobita
Ordem: Ptychopariida
Família: Alokistocaridae
Nome científico: Elrathia sp. Walcott, 1924
Descrição: o fóssil data de provavelmente 350 milhões de anos atrás. O gênero Elrathia ocorreu durante o período Cambriano-Permiano. No Brasil, é comum encontrar fósseis de trilobitas na Bacia do Paraná (Formação Ponta Grossa) e na Bacia do Amazonas. A Formação Ponta Grossa é composta por arenitos, folhelhos e silte11. A Bacia do Amazonas está sobre um escudo cristalino e é essencialmente sedimentar, com suas formações contendo folhelhos, arenitos, diamictitos, pelitos, siltitos e calcário18. O Elrathia sp. possuía distribuição biogeográfica global19,20.
Filo Echinodermata
O filo Echinodermata (do grego "echinos" = espinho; "dermatos" = pele) é composto por animais marinhos que possuem, em sua maioria, espinhos pelo corpo. Os equinodermas são animais como estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, bolachas-de-praia e pepinos-do-mar. Este filo possui, aproximadamente, 13.000 espécies conhecidas, graças ao grande registro fóssil. São deuterostômios, possuindo endoesqueleto calcário, simetria radial pentamérica e sistema ambulacrário, esta última característica sendo exclusiva deste filo. O sistema ambulacrário atua em diversas funções, desde a locomoção até a respiração e na circulação2.
Os equinodermas possuem ampla distribuição estratigráfica, surgindo no início do Cambriano. Contudo, possivelmente há um fóssil que seja mais antigo ainda, encontrado no Edicarano, denominado Arkarua adami. Sua identificação não foi concluída ainda2.
Na Coleção Paleontológica da UNIFESP - campus Diadema, este grupo é representado pelas estrelas-do-mar e pelos crinóides.
Foto de uma estrela-do-mar em seu habitat. Foto tirada por Kare Telnes. Disponível em: http://tolweb.org/onlinecontributors/app;jsessionid=329FA01AF66865109FF280BF564AF5B9?page=ViewImageData&service=external&sp=6447. Data de acesso: 26/03/2021.
Registro: UNIFESP In 0400 - Coleção Científica*
Identificação prévia: fóssil do que parece ser um equinodermata.
Nível taxonômico:
Filo: Echinodermata
Classe: Asteroidea
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: fóssil do que parece ser uma estrela-do-mar, provavelmente do período Devoniano Inferior. O fóssil foi encontrado na Formação Ponta Grossa (Bacia do Paraná, Brasil). A Formação Ponta Grossa é composta por arenitos, folhelhos e silte11. Os animais pertencentes a Asteroidea são marinhos bentônicos. Podem ser predadores, tendo um importante papel na estrutura da cadeia alimentar da comunidade. São animais que possuem o corpo no formato de estrela, com um disco central e 5 membros, suportados por ossículos (calcário), que se fundem aos que estão no disco central21.
Representação de um crinoide, com destaque para os discos da coluna, uma estrutura presente nestes animais. Modificado de http://fossil.uc.pt/pags/fbm_crinoide.dwt. Data de acesso: 21/02/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0279 - Coleção Didática*
Identificação prévia: fósseis de provavelmente equinodermas.
Nível taxonômico:
Filo: Echinodermata
Classe: Crinoidea
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado.
Descrição: fóssil do período Devoniano, os crinóides estão presentes desde o Ordoviciano até os dias atuais22. Os fósseis foram encontrados na Formação Pimenteira, Afloramento Estância Cautilena (Palmas, TO, Brasil). A Formação Pimenteira é composta de arenitos, siltitos, argilitos, quartzos e xistos23. Os crinóides são organismos pentâmeros, com seu corpo tendo formato de um copo e com cinco braços ligados ao corpo, no centro radial, sendo similares a penas. Estes animais ficam presos ao substrato através de uma haste central22. A maior parte de seu corpo é formado de calcário22.
* Câmera fotográfica Kodak C743
** Fotomicrografia feita em estereomicroscópico Zeiss Discovery V20
Referências Bibliográficas
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