Vertebrados
Os vertebrados são animais que compartilham algumas características entre si, tais como coluna vertebral dorsal oca e a presença de um crânio. Essas estruturas protegem a medula espinhal e o cérebro, respectivamente1. Peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos são todos animais vertebrados1.
O PET Ciências Biológicas participou da curadoria da coleção paleontológica que, dentro os exemplares, destacam-se alguns vertebrados, sendo a maioria pertencente à coleção didática. Abaixo segue uma lista de alguns destes fósseis presentes na coleção. É importante ressaltar que a página possui atualizações sempre quando necessárias.
Peixes
Os "peixes" surgiram há 510 milhões de anos atrás, no período do Cambriano. Os primeiros peixes não possuíam mandíbulas, sendo bem diferentes dos grupos atuais. Os Ostracodermes foram o primeiro grupo desses animais a aparecer na Terra, vivendo por um curto tempo, do Cambriano ao Devoniano, cerca de 310 milhões de anos atrás. O período de maior diversificação dos peixes foi no Siluriano, onde surgiram duas classes atuais: os Chondrichthyes e os Ostheichthyes2. Os "peixes" correspondem a um dos grupos de vertebrados mais diversos, já que existem 28.000 espécies atuais divididas nos mais variados habitats3. Os representantes desse grupo são: as feiticeiras (Hyperotreti ou Myxini), as lampreias (Hyperoartia ou Petromyzontoidea), os tubarões, quimeras e raias (Chondrichthyes), os peixes com nadadeiras raiadas (Actinopterygii), os celacantos (Actinistia) e os peixes pulmonados (Dipnoi), afora os grupos extintos. O Brasil é um dos países que apresenta a maior diversidade de "peixes", sendo 2.857 peixes de água doce e 1.297 peixes marinhos4.
Ilustração representando a origem e diversificação dos "peixes" ao longo do tempo geológico, contendo os principais grupos. As faixas coloridas indicam quando aquele grupo surgiu e se extinguiu. Em locais que as faixas estão mais largas, indicam quando foi o período em que houve uma maior diversificação do grupo. Nota-se na ilustração que os Agnatha ("peixes" sem mandíbula) surgem no período do Cambriano, durante a era Paleozóica. Os Ostacodermes também surgem no mesmo período, extinguindo-se no final do período Devoniano. Os principais grupos de "peixes" que existem até hoje, os Chondrichthyes e os Actinopterígios, surgiram no período do Ordoviciano, também na era Paleozóica. Ilsutração retirada de HICKMAN Jr., Cleveland P. et al. Princípios Integrados de Zoologia. cap 24.
Representação do espécime de Dastilbe crandalli. Fonte: http://r1.ufrrj.br/lep/dastilbecrandalli%20.html. Data de acesso: 07/05/2021.
Registro: UNIFESP Vt 0507 - Coleção Científica
Identificação: vertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Gonorynchiformes
Família: Chanidae
Nome científico: † Dastilbe crandalli Jordan, 1910
Descrição: Na peça é possível observar o opérculo, nadadeiras dorsais, peitorais e anais, cauda e as vértebras do indivíduo. Fóssil datado de entre 113 e 96 milhões de anos atrás, correspondente ao período Cretáceo Inferior. O fóssil foi encontrado na Bacia do Araripe, no Grupo Santana, doado para a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O Grupo Santana é composto por basicamente calcário, podendo conter arenito e folhelhos. O provável habitat do espécime foi a água doce, com alguma tolerância à salinidade5.
Representação paleoartística de Vinctifer comptoni. Fonte: http://leandrosanchesarte.blogspot.com/2011/09/vinctifer-comptoni-descrito-em-1841-e.html. Data de acesso: 27/03/2021.
Registro: UNIFESP Vt 0508 - Coleção Científica*
Identificação prévia: conteúdo ósseo do vertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Actinopteryigii
Ordem: Aspidorhychiformes
Família: †Aspidorhynchidae
Nome científico: †Vinctifer comptoni Agassiz, 1834
Descrição: Pode ser observado o padrão das escamas recobrindo seu corpo, também sendo possível ver algumas estruturas na cabeça. Sua idade é de entre 113 a 96 milhões de anos atrás, período do Cretáceo Inferior. O fóssil foi encontrado na Formação Araripe, Grupo Santana e doado para a coleção paleontológica da UNIFESP. O Grupo Santana é composto por basicamente calcário, podendo conter arenito e folhelhos. O habitat do animal era a água doce, com alguma tolerância à salinidade6.
Registro: UNIFESP Vt 0013 - Coleção Científica
Identificação prévia: parte posterior de 2 peixes ósseos.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: A peça possui dois exemplares com a cabeça ausente. Nos exemplares é possível ver a delimitação do corpo na região do tronco e da cauda. Idade do fóssil é correspondente ao período do Oligoceno tardio e pertence a Formação Tremembé. A formação Tremembé é formada de folhelhos originados de ambiente lacustre, sendo papiráceos, betuminosos e piritosos.
Registro: UNIFESP Vt 0021 - Coleção Científica*
Identificação: peixe ósseo e sua estrutura óssea.
Nível taxonômica:
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: Não identificado
Descrição: É possível visualizar a cauda e o tronco, a coluna vertebral está completa até próximo da região da cabeça, que está ausente. As nadadeiras dorsal e peitoral também estão presentes. A idade do fóssil é correspondente ao período do Oligoceno Tardio e pertence a Formação Tremembé. A Formação Tremembé é composto por folhelhos originados de ambiente lacustre, sendo papiráceos, betuminosos e piritosos.
Amphibia
Os anfíbios surgiram há 350 milhões de anos atrás no Devoniano, considerados como principais predadores durante o Carbonífero e Permiano. É o primeiro grupo dos vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, mesmo com algumas limitações. As espécies atuais fazem parte da subclasse Lissamphibia, englobando as ordens Urodela, Anura e Gymmnophiona.
Ilustração representando a origem e diversificação dos anfíbios ao longo dos períodos e eras geológicas, contendo os principais grupos de anfíbios e outros grupos relacionados, como os celacantos ou o Ichthyostega. As faixas coloridas indicam quando aquele grupo surgiu e se extinguiu e, em locais que as faixas estão mais largas, indicam quando foi o período em que houve uma diversificação maior do grupo. Nota-se que o grupo atual dos anfíbios, "Lissamphibia", surgiu logo após o início da era Mesozóica, que começou há 252 milhões de anos atrás e foi até 66 milhões de anos atrás. Ilustração retirada de: HICKMAN Jr., Cleveland P. et al. Princípios Integrados de Zoologia - capítulo 25.
Registro: UNIFESP Dd 0517 - Coleção Didática
Identificação: vertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Pelobatidae
Nome científico: †Eopelobates wagneri (Weitzel, 1938)
Descrição: réplica do esqueleto de um anfíbio, que viveu durante o Eoceno7, há cerca de 47 milhões de anos atrás7. Eopelobates wagneri foi encontrado na mina de Messel, próximo a Darmstadt, Alemanha7. A mina de Messel é composta basicamente de xisto betuminoso, sendo formada sobre uma camada de arenito do Permiano, esta de 270 a 290 milhões de anos atrás8. O local no Eoceno era uma grande lago8.
Reptilia
Os répteis correspondem ao primeiro grupo de animais vertebrados surgidos em ambiente terrestre, membros da superclasse Tetrapoda (vertebrado de quatro membros). Os primeiros répteis surgiram no Carbonífero entre 320 e 310 milhões de anos atrás, derivando dos "proto-répteis" existentes no período que foram se tornando cada vez mais adaptados ao ambiente seco. Os dinossauros se diversificaram a partir desses "proto-répteis" e foram o grupo de animais dominantes entre o Triássico e o final do período do Cretáceo. Os répteis atuais são representados por quatro ordens: Crocodilia (crocodilos, jacarés e gaviais), Rhynchocephalia (tuaturas), Squamata (lagartos e serpentes) e Testudines (tartarugas, jabutis e cágados)2,9.
Ilustração representando a origem e diversificação dos répteis ao longo dos períodos e eras geológicas, contendo os principais grupos de répteis e outros relacionados, como os mamíferos. As faixas coloridas indicam quando aquele grupo surgiu e se extinguiu e, em locais que as faixas estão mais largas, indicam quando foi o período em que houve uma diversificação maior do grupo. Nota-se a origem dos grupos atuais de répteis (Crocodilia, Rhynchocephalia, Squamata e Testudines), que surgiram durante o período Permiano, último período da Era Paleozóica. Os mamíferos também estão indicados por terem se originado a partir de um ancestral comum aos répteis. Ilustração modificada de: HICKMAN Jr., Cleveland P. et al. Princípios Integrados de Zoologia - capítulo 26.
Representação paleoartística feita por Nobu Tamura de um animal pertencente ao gênero Mesosaurus. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mesosaurus_BW.jpg. Data de acesso em: 27/03/2021.
Registro: UNIFESP Vt 0499 - Coleção Científica*
Identificação: vertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: †Mesosauria
Família: †Mesosauridae
Nome científico: †Mesosaurus sp.
Descrição: fragmento ósseo de mesossaurídeo, encontrado na Formação Irati, na bacia do Paraná. A Formação Irati é constituída de folhelhos e argilitos, folhelhos piro betuminosos, arenitos e calcários. O fóssil é do período Permiano, provavelmente de 270 milhões de anos atrás10. Seu habitat era de água doce, porém os mesossaurídeos possuíam características intermediárias entre animais terrestres e aquáticos, o que talvez lhes permitissem sair da água11. Pelos fósseis de Mesosaurus sp. ocorrerem tanto na América do Sul e na África, eles foram os primeiros fósseis a dar suporte para a teoria de que a América do Sul esteve ligada a África em um supercontinente chamada Gondwana, dando suporte também para a teoria da Deriva Continental11.
Registro: UNIFESP Dd 0131 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: †Mesosauria
Família: †Mesosauridae
Nome científico: †Mesosaurus sp.
Descrição: costelas de mesossaurídeo, encontrado na formação Irati, na bacia do Paraná. A Formação Irati é constituída de folhelhos e argilitos, folhelhos piro betuminosos, arenitos e calcários. O fóssil é do período Permiano, provavelmente de 270 milhões de anos atrás10. Seu habitat era de água doce, porém os mesossaurídeos possuíam características intermediárias entre animais terrestres e aquáticos, o que talvez lhes permitissem sair da água11. Pelos fósseis de Mesosaurus sp. ocorrerem tanto na América do Sul e na África, eles foram os primeiros fósseis a dar suporte para a teoria de que a América do Sul esteve ligada a África em um supercontinente chamada Gondwana, dando suporte também para a teoria da Deriva Continental11.
Representação paleoartística de Bauruemys elegans, na parte superior da imagem. Podemos ver na imagem, de cima para baixo: a posição de B. elegans na filogenia (está dentro de Pleurodira, mas é incerto o clado em que pertence sua família, Podocnemididade); que esta espécie viveu durante o Cretáceo, o provável tamanho em escala do B. elegans; a localização de seus fósseis no Brasil; o tempo em que viveu; bem como do que se alimentava e qual ambiente habitava. Fonte: PaleoZoo Brasil - Felipe Alves Elias (2016). Disponível em: https://www.paleozoobr.com/testudinos-testudines?lightbox=dataItem-krks18tx5. Data de acesso em: 03/09/2021.
Registro: UNIFESP Vt 0537 - Coleção Científica*
Identificação: testudine.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Família: Podocnemididae
Nome científico: †Bauruemys elegans (Suárez, 1969)
Descrição: Partes do plastrão de Bauruemys elegans. Fóssil pertencente ao Grupo Bauru, formação Adamantina, do período Cretáceo Superior12, com idade de 84 a 66 milhões de anos atrás. O Grupo Bauru é formado por rochas de arenito ou lamito13. O Baruemys elegans era um animal de água doce14, provavelmente onívoro.
Registro: UNIFESP Dd 0541 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado e réptil.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodylia
Família: † Pholidosauridae
Nome científico: †Crocodilaemus robustus Jourdan, 1857
Descrição: réplica de um representante de um gênero de crocodilos extintos. O fóssil foi encontrado na região de Cerin, na França, rica em calcário15. Este crocodilo pertence ao período do Jurássico Superior15, período que foi de 157 a 152 milhões de anos atrás15. Observando sua dentição pontiaguda, é provável que o animal se alimentava de peixes15. Vivia de forma semiaquática, pertencente a um ambiente marinho16,17.
Registro: UNIFESP Dd 0540 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado, provavelmente um rincocéfalo.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Rhynchocephalia
Família: Não identificada
Nome científico: não identificado
Descrição: fóssil de um rincocéfalo. A ordem Rhynchocephalia, com possível origem no início ou metade do Triássico (entre aproximadamente 252 a 235 milhões de anos atrás)18,19, é representada hoje apenas por um único gênero, o Sphenodon, cujo os animais pertencentes a este gênero são popularmente conhecidos como tuataras20. Contudo, até o Jurássico (início em 201,3 milhões de anos atrás)21, os rincocéfalos eram muito abundantes20, com seu declínio começando no Jurássico, com poucas novas espécies no Cretáceo (início há 145 milhões de anos atrás)20,22, restando apenas o tuatara atualmente. Exemplos de lugares em que os fósseis de rincocéfalos foram encontrados são: sudeste da Alemanha, na formação Mörnsheim23, formada basicamente de calcário e datada do Jurássico Tardio24; na Argentina, na formação de Salamanca25, com origem no final do Cretáceo ou início do Cenozóico26. Os rincocéfalos tinham diversos hábitos alimentares, sendo insetivoros, herbívoros, onívoros27,28, bem como ocupavam tanto a terra quanto a água28.
Representação paleoartística feita por Fred Wierum de um animal pertencente ao gênero Pachycephalosaurus. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pachycephalosaurus_Reconstruction.jpg. Data de acesso em: 27/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0526 - Coleção Didática*
Identificação: réptil.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Dinosauria
Ordem: †Ornithischia
Família: †Pachycephalosauridae
Nome científico: †Pachycephalosaurus wyomingensis (Gilmore, 1931)
Descrição: réplica do crânio de paquicefalossauro. O fóssil original foi encontrado em alguns locais da América do Norte, como por exemplo na Formação "Lance", nos EUA29. A formação é composta por arenitos, xisto e linhitos30. Este dinossauro viveu no período do Cretáceo Superior31, sendo provavelmente um animal onívoro32.
Representação paleoartística de um animal da espécie Triceratops prorsus, feito por Petr Menshikov. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Triceratops_prorsus_Restoration.jpg. Data de acesso em: 25/07/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0520 - Coleção Didática*
Identificação: réptil.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Ornithischia
Família: †Ceratopsidae
Nome científico: †Triceratops prorsus Marsh, 1890
Descrição: réplica do crânio de Triceratops prorsus. Este dinossauro era herbívoro e viveu no final do Cretáceo33, nos últimos três milhões de anos desse período34. Os fósseis de T. prorsus pertencem a algumas formações geológicas da América do Norte, como as de "Lance" e "Hell Creek"33. A Formação"Lance" é composta de arenitos, xisto e linhitos30, sendo similar a composição da Formação "Hell Creek"35.
Representação paleoartística do gênero Allosaurus sp., feita por Bob Walter e Tess Kissinger. Fonte: https://www.nps.gov/dino/learn/nature/allosaurus-fragilis.htm. Data de acesso em: 25/07/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0519 - Coleção Didática*
Identificação: réptil.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Saurischia
Família: †Allosauridae
Nome científico: †Allosaurus fragilis Marsh, 1877
Descrição: réplica do crânio de Allosaurus fragilis. Os fósseis dessa espécie de dinossauro foram encontrados tanto nos EUA, como na Formação Morrison, no Colorado, constituída principalmente de marga, argilo e arenito36, quanto na Europa, por exemplo em Portugal, na Formação Lourinhã, constituída por silte, areia fina e arenito37. Este dinossauro viveu no Jurássico Superior37, entre aproximadamente 155 e 150 milhões de anos atrás. Era um animal carnívoro e predador38.
Representação paleoartística do Arcaheopteryx lithographica, feita por Pedro José Salas Fontelles. Fonte: File:Archaeopteryx lithographica - Pedro José Salas Fontelles (flipped).jpg - Wikimedia Commons. Data de acesso em: 27/07/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0516 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado, provavelmente um réptil voador.
Nome taxonômico:
FIlo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Saurischia
Família: †Archaeopterygidae
Nome científico: †Archaeopteryx lithographica Meyer, 1861
Descrição: réplica de A. lithographica. O fóssil original foi encontrado na Alemanha, nas pedreiras de calcário em Solnhofen, Bavaria39, com o ambiente datando do Jurássico Tardio, há aproximadamente 150 milhões de anos atrás39. Foi um animal que possuiu asas, penas e era carnívoro40.
Representação paleoartística de Pterodactylus sp. Fonte: https://pt.dreamstime.com/ilustração-stock-pterodactylus-de-pterosaur-image41617792. Data de acesso: 28/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0525 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado, provavelmente um réptil voador.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: †Pterosauria
Família: †Pterodactylidae
Nome científico: †Pterodactylus sp.
Descrição: Réplica do esqueleto de pterodáctilo. O fóssil original do gênero Pterodactylus foi encontrado na Alemanha, nas pedreiras de calcário em Solnhofen, Bavaria 39,41, em um ambiente datado do Jurássico Tardio, há aproximadamente 150 milhões de anos atrás39. Era um animal carnívoro42.
Representação paleoartística de um animal do gênero Keichousaurus, feita por Nobu Tamura. Fonte: File:Keichousaurus NT small.jpg - Wikimedia Commons. Data de acesso em: 27/07/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0518 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado, provavelmente um réptil.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: †Nothosauroidea
Família: †Keichousauridae
Nome científico: †Keichousaurus sp.
Descrição: réplica de Keichousaurus sp. Os primeiros fósseis desse gênero foram encontrados no sudoeste chinês, em Guizhou, datados do Triássico Médio43 e pertencentes a Formação "Falang". O estrato, em que o fóssil foi encontrado neste formação, contém um tipo de calcário chamado micrito44. Os animais desse gênero eram répteis marinhos43.
Aves
As aves formam uma classe de vertebrados caracterizada por animais que possuem penas, bico sem dentes, pescoço em forma de "S", endotermia e são bípedes. Esses animais possuem ossos diferenciados, chamados de ossos pneumáticos, que são ocos e preenchidos com ar. Por serem mais leves do que os ossos de outros animais, permitem que as aves voem. Elas são encontradas nos mais diversos habitats, desde ambientes extremamente frios até ambientes quentes, distribuídas por todo o globo. Devido a modificações anatômicas, algumas aves não conseguem voar, como por exemplos pinguins e avestruzes 3,9.
Ilustração representando a origem e diversificação das aves ao longo dos períodos e eras geológicas, contendo os principais grupos de aves e outros relacionados, como outros dinossauros. As faixas coloridas indicam quando aquele grupo surgiu e se extinguiu e, em locais que as faixas estão mais largas, indicam quando foi o período em que houve uma diversificação maior do grupo. Nota-se a origem dos grupos atuais de aves (passarinhos, gaviões, beija-flores, patos, etc.), que surgiram durante o início do período Jurássico, na era Mesozóica. Ilustração modificada de: HICKMAN Jr., Cleveland P. et al. Príncipios Integrados de Zoologia - capítulo 27.
Representação paleoartística de Paraphysornis brasiliensis, conhecida como "Ave do Terror". Fonte: As 'Aves do Terror' que dominaram as Américas - Conexão Planeta (conexaoplaneta.com.br). Data de acesso: 28/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0522 - Coleção Didática*
Identificação: crânio de vertebrado, provavelmente uma ave.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Gruiformes
Família: †Phorusrhacidae
Nome científico: †Paraphysornis brasiliensis Alvarenga, 1982
Descrição: réplica do crânio de Paraphysornis brasiliensis. O fóssil original foi encontrado no Brasil, no estado de São Paulo e está associado a Formação Tremembé, Bacia de Taubaté45. Esta formação geológica é composta por argilitos, siltitos e folhelhos, sendo datada do final do Oligoceno46. O Paraphysornis brasiliensis, popularmente conhecido como "Ave do Terror", era terrestre e carnívoro47. Viveu entre 28 e 15 milhões de anos atrás47.
Mammalia
Os mamíferos evoluíram a partir da linhagem dos Synapsidas, grupo de répteis que surgiram no Carbonífero. Os Synapsidas foram abundantes durante o Carbonífero e Permiano. Os mamíferos são caracterizados pela presença de pêlos, glândulas mamárias e produção de leite para amamentar filhotes. Acredita-se que os primeiros mamíferos surgiram no período Jurássico, entre 176 e 161 milhões de anos atrás. Os mamíferos estão presentes em habitats diversos e apresentam grande variação morfológica, compreendendo diversos modos de vida. Apesar de ser um grupo com morfologia variada, os mamíferos possuem um número pequeno de espécies quando comparados a outros grupos3,6.
Ilustração representando a origem e diversificação dos mamíferos ao longo dos períodos e eras geológicas, contendo os principais grupos de mamíferos e outros relacionados, como os cinodontes ou os pelicossauros. As faixas coloridas indicam quando aquele grupo surgiu e se extinguiu e, em locais que as faixas estão mais largas, indicam quando foi o período em que houve uma diversificação maior do grupo. Nota-se a origem dos grupos atuais de mamíferos (monotremados [ornitorrinco], marsupiais [cangurus, coalas] e os placentários [peixe-boi, morcego, elefante, etc.]), que surgiram durante o início do período Jurássico, na era Mesozóica. Ilustração modificada de: HICKMAN Jr., Cleveland P. et al. Princípios Integrados de Zoologia - capítulo 28.
Representação paleoartística de uma preguiça-gigante. Fonte: MUSEU NACIONAL: Megatério de Porto Vitória estaria no espaço tomado pelo fogo - CBN Vale do Iguaçu - 106,5 FM (vvale.com.br). Data de acesso: 28/03/2021.
Registro: UNIFESP Vt 0527 - Coleção Científica*
Identificação prévia: ossos de vertebrado.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Pilosa
Família: Não identificada
Nome científico: não identificado
Descrição: fragmento de vértebra de preguiça. O fóssil foi encontrado no Grupo Santana, Bacia do Araripe. O Grupo Santana é composto por basicamente calcário, podendo conter arenito e folhelhos. O fóssil foi doado pelo Museu Nacional. As preguiças-gigantes surgiram há 17 milhões de anos, habitando as Américas do Sul e do Norte. Surgiram no Oligoceno, na região da atual Patagônia. Eram herbívoros.
Registro: UNIFESP Dd 0515 - Coleção Didática*
Identificação: vértebras.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Pilosa
Família: †Megatheriidae
Nome científico: †Eremotherium sp.
Descrição: fragmento ósseo de preguiça-gigantes. O Fóssil foi encontrado na Bacia do Araripe, Grupo Santana. O Grupo Santana é composto por basicamente calcário, podendo conter arenito e folhelhos. O fóssil foi doado pelo Museu Nacional. As preguiças-gigantes surgiram há 17 milhões de anos, habitando as Américas do Sul e do Norte. Surgiram no Oligoceno, na região da atual Patagônia. Eram herbívoros.
Representação paleoartística de um felino do gênero Smilodon, feita pelo usuário Dantheman9758. Fonte: File:Smilodon fatalis.jpg - Wikimedia Commons. Data de acesso: 22/07/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0543 - Coleção Didática*
Identificação: vertebrado, provavelmente um mamífero.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Nome científico: †Smilodon sp.
Descrição: réplica do crânio de um tigre dente-de-sabre. Este felino viveu no Pleistoceno, entre 2,5 milhões e 10 mil anos atrás. O gênero provavelmente surgiu na África. Vários fósseis do gênero Smilodon foram encontrados em "La Brea", um sítio famoso, formado por piche, localizado em Hancock Park, em Los Angeles (Califórnia, EUA). O piche aflorou no solo desta área há dezenas de milhares de anos, formando centenas de piscinas pegajosas, predendo durante este tempo animais e plantas que ali caíram, então fossilizando estes animais quando mortos48,49.
Os animais do gênero Smilodon eram carnívoros e ótimos caçadores de grandes herbívoros. O gênero recebeu este nome por Peter Lund, em 1842, ao encontrar fósseis na Lagoa Santa, MG, Brasil. Foi um predador que teve sucesso na América do Sul, um dos grandes predadores do Pleistoceno na região48,49.
Registro: UNIFESP Dd 0533 - Coleção Didática*
Identificação: dentes de mamífero.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Não identificada
Família: Não identificada
Nome científico: não identificado
Descrição: réplica do fragmento de arcada dentária de um mamífero. A réplica possui uma datação associada de entre 2,5 milhões a 10 mil anos atrás.
Representação paleoartística de um primata pertencente ao gênero Proconsul, feita por Nobu Tamura. Fonte: Ficheiro:Proconsul NT.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org). Data de acesso: 28/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0538 - Coleção Didática*
Identificação: crânio de vertebrado, provavelmente de um primata.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: †Proconsulidae
Nome científico: †Proconsul sp.
Descrição: réplica de fragmento do crânio de um procônsul. Primatas deste gênero viveram durante o período do Mioceno, entre 18 a 14 milhões de anos atrás. Sendo um dos primatas mais antigos e predominantemente carnívoros. A descoberta desse espécime é datada de 1909, na África Sub-Saariana, no oeste do Quênia, em Koru50.
Modelo representando um Australopithecus africanus. Foto do usuário flowcomm. Fonte: Model of Australopithecus africanus, Maropeng exhibition, … | Flickr. Data de acesso: 27/07/2022.
Registro: UNIFESP Dd 0539 - Coleção Didática*
Identificação: crânio de um primata.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Hominidae
Nome científico: †Australopithecus africanus Dart, 1925
Descrição: réplica do crânio do Australopithecus africanus. Os dentes e maxilar desta espécies são maiores que a dos humanos, porém são morfologicamente mais próximos aos humanos do que outros macacos. Viveu entre aproximadamente 3 e 2 milhões de anos atrás, em florestas e savanas abertas da África. O fóssil desse espécime foi encontrado em Tuang, na África do Sul no ano de 1924. É uma das espécies relacionadas a evolução do ser humano, sendo um possível ancestral ao gênero Homo, o qual nós fazemos parte51,52.
Representação paleoartística do Australopithecus afarensis, feita por Cicero Moraes. Fonte: Ficheiro:Australopithecus afarensis.png – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org). Data de acesso: 28/03/2021.
Registro: UNIFESP Dd 0523 - Coleção Didática*
Identificação: crânio de um primata.
Nível taxonômico:
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Hominidae
Nome científico: †Australopithecus afarensis Johanson & White, 1978
Descrição: réplica do crânio de Australopithecus afarensis. Este homínideo viveu durante o Plioceno. Os primeiros vestígios fósseis são datados de 3,4 milhões de anos atrás, com o nome da espécie mencionando o local onde o fóssil foi encontrado: Depressão de Afar. Este local possui um solo relativamente pobre, especialmente nas partes baixas da depressão e nas zonas vulcânicas, devido à presença de lava e água do mar, que se infiltra e evapora deixando depósitos de sais53. Os fósseis encontrados são datados de 4 milhões a 2,7 milhões de anos atrás, com a maior parte descobertos no norte do Grande Vale do Rift, incluindo o famoso fóssil intitulado Lucy53,54. É um dos homínideos que fazem parte da evolução do ser humano, sendo um possível ancestral do gênero Homo, o qual nós fazemos parte54.
* Fotos dos fósseis feitas com a câmera fotográfica Kodak C743.
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